O programa Prós e Contras de ontem, onde foi debatida a questão da requalificação do serviço de urgências, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia, que se fez acompanhar por toda a vereação e membros da Mesa da Assembleia Municipal. Na sua intervenção, António José Correia, aludiu à singularidade do caso de Peniche que “colocará à prova a capacidade e o bom senso do Senhor Ministro da Saúde na sua decisão”. A particularidade da situação de Peniche deve-se, por um lado, ao facto do Hospital São Pedro Gonçalves Telmo de Peniche, “ter sido o único que não estava incluído na lista inicial de Serviços de Urgência a encerrar e, desse modo, não foi alvo de um processo de audição pública, facto esse que constitui um problema político”. Entre outros aspectos, a não inclusão de Peniche na lista inicial de serviços a encerrar, resultou do facto da Comissão Técnica ter considerado Peniche como Pólo Turístico especialmente relevante.
António José Correia referiu ainda que o Ministro da Saúde “está mal informado relativamente aos tempos e distâncias ao hospital mais próximo, não tendo a Comissão Técnica que elaborou o relatório final considerado a frente marítima Peniche, principal porto de Pesca do País”. A título de exemplo, “na eventualidade de acontecer algo na Ilha da Berlenga que se encontra a cerca
Referindo-se de modo particular a Peniche, o Senhor Ministro da Saúde começou por destacar a relação de elevada cordialidade desde sempre mantida com o Presidente da Câmara Municipal de Peniche. Reconheceu que Peniche “possui um enorme capital de queixa, porque apareceu de repente numa lista de serviços de urgência a encerrar que inicialmente não apontava para tal facto.” O Ministro da Saúde descreveu a situação actual do Hospital de Peniche, “o qual faz cuidados primários e possui uma rede de cuidados primários que funciona muito mal”, possuindo no entanto muito boas condições em outras valências como é o caso da ortopedia e medicina fisica de reabilitação.