O mês de dezembro fica marcado pelo início da primeira fase dos trabalhos de arborização do Parque Urbano da Cidade, sito na Av. Monsenhor Bastos, cuja intervenção contará com a plantação de 215 árvores - distribuídas entre o posto de transformação de eletricidade – PT - e a interseção dos dois corredores pedonais centrais, correspondendo a uma área de atuação de 5600m2.
A plantação das árvores é antecedida por trabalhos prévios de preparação do terreno, incluindo a abertura mecânica das covas e substituição das areias por terra forte de plantação, a fim de melhorar a estrutura e capacidade de suporte do solo e promover um maior desenvolvimento do sistema radicular.
Vão ser plantadas árvores autóctones e alóctones (mas com ocorrência natural em Portugal), das espécies resinosas: Pinus Pinaster (Pinheiro-Bravo), Pinus Pinea (Pinheiro-manso), Melaleuca armillaris (Melaleuca), Cupressus macrocarpa (Cipreste-da-califórnia), Cupressus macrocarpa goldcrest, Cupressocyparis leylandii, e das espécies folhosas: Quercus faginea ssp broteroi (Carvalho-português), Pistacia lentiscus (Aroeira), Olea europaea sylvestris (Zambujeiro), Tamarix africana (Tamargueira), Elaeagnus angustifólia (Oliveira-do-paraíso), Platanus acerifolia (Pátano), Populos alba (choupo-branco), Populus nigra var. italica (Choupo-negro), Gletsia triacanthos inermis (Espinheiro-da-virgínia) e Tipuana tipu (Tipuana).
A seleção e diversidade arbórea atendeu, entre outros, à capacidade das espécies se adaptarem às condições do solo e ao clima locais, em particular, à forte exposição aos ventos norte, dominantes e carregados de salsugem. Foram ainda tidos em conta: a capacidade de desempenharem funções de barreira de proteção e/ou de enquadramento; a floração e/ou folhagem estimulantes (ao nível da cor, forma, textura, e brilho vs opacidade) e a suscetibilidade de despertarem emoções nos utilizadores do Parque. Deu-se preferência a espécies do tipo mediterrânico.
Considerando o histórico de dificuldades de instalação de árvores em Peniche, respeitante à rigorosidade das condições edafoclimáticas locais, a referida plantação será procedida pela instalação de “abrigos” de proteção ao vento constituídos em tela e postes de madeira tratada, com disposição alusiva às paliçadas de retenção das areias utilizadas em sistemas dunares, que terão como objetivo promover a aclimatação das árvores nos primeiros anos de adaptação. Após habituação das árvores às novas condições, clima e outros, os abrigos serão progressivamente removidos do local, podendo ser futuramente reposicionados noutras frentes de atuação.